Friday, November 27, 2015

Não há esperança?

Ou é uma questão de serem "espíritos de porco"?

Espírito de porco é uma expressão brasileira que diz tudo. Ser espírito de porco é ser complicado, ser do contra, só ver o lado ruim das coisas e não ver onde está a esperança.

É o que deve atormentar estes comentadores na televisão. Todos devem ser ou ter espíritos de porco. E até os apresentadores.

Quando lá estava o anterior governo estava tudo ou quase tudo mal (e eu concordo). Havia tramas por todo o lado. Não se podia confiar em ninguém. Eram todos uns malandros. Nada funcionava, e não havia uma saída que se vislumbrasse, por muito longe que quiséssemos estender o nosso olhar. Por muitos e variados que fossem os comentadores ou apresentadores, tudo era negro. Era nítida a presença dos espíritos de porco.

Depois tivemos as eleições. E os comentadores comentaram que todos os partidos e todas as possiblidades, conjeturadas ao ínfimo detalhe, iriam trazer problemas. Em nenhuma possível solução havia uma réstia de esperança em melhorias para Portugal. O governo que lá estava, esse já sabíamos que estava mal. Mas o que pudesse substituí-lo só iria ficar pior. Muito pior. Não faltaram os espíritos de porco.

Agora temos o novo governo. E para estes comentadores e apresentadores tramados o horizonte já está a ser prognosticado como tenebroso. Isto ou aquilo vai dar mal. Não vai haver ponta por onde se lhe possa pegar. Ainda não demos tempo para o novo governo aquecer o lugar mas as conjeturas sobre o seu flhanço e a sua derrota já estão a ser explorados pelos, ora nem mais, pelos espíritos de porco.

E eu pergunto-me. É só essa gente que tem espírito de porco? Oxalá que sim, mas mesmo que sejam só eles, são um tropeço, nada mais do que uns espíritos de porco a estragar a esperança que qualquer cidadão bem intencionado possa ter.

A esses comentadores e apresentadores dos média, a esses e outros espíritos de porco, só lhes peço que se calem e deixem sossegados os que têm esperança e vontade de trabalhar para um país melhor. Deixem-nos com as mentes sossegadas para fazer o melhor do melhor.

Ah, e já agora, vou desligar a televisão por uns dias na esperança de que os espíritos de porco já se tenham calado quando eu decidir ligá-la de novo. Oxalá!