Quando chegámos a Arusha, vindos de Addis Ababa, já passava das 2:00 da madrugada. Silayo e Peter, no 4x4 que seria a nossa segunda casa durante a semana seguinte, estavam à nossa espera para nos deixar no hotel. Mas às 9:00 dessa manhã já lá estava o nosso guia pronto e sorridente para nos levar para Manyara.
Depois de visitarmos o parque do Lago Manyara, que descrevi noutro post, seguimos para Serengeti. Não faziamos a mínima ideia do que nos esperava.
Passa-se pela Reserva Natural de Ngorongoro, pela cratera, à qual só demos uma vista de olhos porque a visita seria mais para o fim da viagem, e seguimos para a planície. Planície a perder de vista. Ao longe, para sul, os contrafortes da cratera de Ngorongoro. Para norte, mais planície.
Era Abril e as manadas estavam em plena migração. Gnus e moscas era mato. Mas também se viam muitas gazelas. De onde a onde viamos bandos de abutres a tratar dos restos de alguma caçada.
A meio desta vasta planície o ser humano traçou uma linha imaginária que divide esta zona em duas reservas. A sul da linha a reserva de Ngorongoro e a norte a de Serengeti. Há nos que era tudo uma reserva só mas começou a ser complicado gerir esta área tão grande e foi então que decidiram dividir esta zona em duas reservas. Confesso que me pareceu uma decisão lógica. Realmente as duas áreas são distintas. Uma placa define a passagem de uma reserva para a outra.
Do lado de lá dessa linha imaginária continuava a grande manada de gnus a caminho de Maasai Mara no Kénia. Tinham começado as chuvas e esta bicharada ia em busca de capim novo e fresco. Não dá para contar quantos animais poderão estar no campo de visão a qualquer momento.
De repente Silayo para o 4x4 e diz - ali no capim! Estão a ver? Capim? Qual capim? Onde? Ali! Apontava ele. Ah! Os olhos do turista finalmente pousaram naquela mancha mais amarelada do que o resto á volta e identificaram um rei da selva e uma rainha da selva. Sim, já agora, acho que podemos chamar a amiga dele de rainha.
Saímos da estrada principal, a que se vê na foto acima, e metemo-nos por umas picadas que nos levaram a um pequeno conjunto de árvores onde uma manada de elefantes calmamente se alimentava.
Nestas árvores havia outra surpresa:
Tiveram sorte, disse-nos Silayo. Naquela árvore ali, na árvore das salcichas, estão a ver? Carnívoros e herbívoros pareciam estar juntos a sobreviver naquela chuva, miudinha mas que não parecia parar.
O fim da tarde aproximava-se e nós estámos cansados. Era hora de ir para o hotel, tomar um duche reconfortante, comer uma sopinha e recolher.
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