Stone Town é a capital de Zanzibar. Deve o seu nome ao facto de que nos velhos tempos da sua existência era a única povoação com casas de pedra. Pedra de coral que forma a massa rochosa da ilha de Zanzibar.
Stone Town fica virada para o continente africano. Talvez porque deste lado da ilha havia mais proteção para as embarcações que aqui se abrigavam das tempestades, talvez porque aqui a natureza providenciou um porto fundo, talvez porque aqui havia água potável.
Stone Town foi uma encruzilhada de gentes a caminho dos seus destinos. Aqui vieram parar imigrantes vindos da Índia que aqui encontraram terreno fértil para cultivar especiarias. Aqui chegaram Árabes que traficavam em peles, especiarias e escravos. Aqui passaram por algum tempo Portugueses que, mandados por El-Rei, buscavam as riquezas do Oriente. E por aqui passaram Ingleses e Alemães durante as épocas mais recentes.
Destes ficaram os descendentes dos Indianos. Vieram e ficaram. Misturaram-se com os povos locais. Trouxeram especiarias que passaram a cultivar. Trouxeram o estilo das suas moradias que deram a Stone Town o seu aspecto característico.
As portas das moradias indianas foram construidas como eram no país de origem. Com grandes saliências de latão cuja utilidade era de proteger as moradias das investidas dos elefantes de combate. Aqui em Zanzibar não foram precisas mas a tradição manteve-se.
As suas vestes, bem adaptadas aos climas tropicais, influenciaram o modo de vestir dos que aqui viveram e ainda vivem. Principalmente as vestes das mulheres.
Os Árabes vieram, trouxeram a sua religião, o Islamismo e compraram escravos. Alguns criaram um ambiente déspota que durou algum tempo. Mas isto valeu-lhes a revolta dos povos oprimidos que os expulsou. Destes pouco ficou excepto a memória de um déspota que resolvia as discussões com o auxílio da sua metralhadora pessoal.
Muitos dos escravos capturados no interior do continente africano morriam pelo caminho. Os que sobreviviam eram enclusurados em pequenos compartimentos na cave do edifício que servia de mercado de escravos.
Os Portugeses passaram por aqui e tentaram conquistar os locais à lei da força. Compraram e venderam escravos, actividade que ainda hoje é duramente lembrada. Não cultivaram nada. Deixaram o costume de uma garraiada na Ilha de Pemba (não é a de Moçambique).
Deixaram a influência da língua numas 50 palavras que passaram a fazer parte da língua local, o Swahili, uma língua de origem Bantu.
Dos Ingleses ficou uma memória associada à luta contra a escravatura. David Livingstone ficou imortalizado nos mais requintados detalhes do interior da Catedral Anglicana em Stone Town.
Dos Alemães pouco se fala. A sua influência ficou mais vinculada às terras altas do país do Tanganica que depois de se juntar a Zanzibar deu origem ao que hoje é conhecido por Tanzânia.
Stone Town orgulha-se muito nos seus. Entre os seus filhos conta-se Freddie Mercury cuja família ainda reside na cidade.
O local da casa dos Mercury, a loja onde se podem comprar CDs e fotos do falecido cantor, e a porta da casa (acima) fazem parte do roteiro turístico de qualquer guia que se preza.
Dhow no estilo original no Museu do House of Wonders
Stone Town foi uma encruzilhada de gentes a caminho dos seus destinos. Aqui vieram parar imigrantes vindos da Índia que aqui encontraram terreno fértil para cultivar especiarias. Aqui chegaram Árabes que traficavam em peles, especiarias e escravos. Aqui passaram por algum tempo Portugueses que, mandados por El-Rei, buscavam as riquezas do Oriente. E por aqui passaram Ingleses e Alemães durante as épocas mais recentes.
Destes ficaram os descendentes dos Indianos. Vieram e ficaram. Misturaram-se com os povos locais. Trouxeram especiarias que passaram a cultivar. Trouxeram o estilo das suas moradias que deram a Stone Town o seu aspecto característico.
Varanda numa casa senhorial de origem indiana
As portas das moradias indianas foram construidas como eram no país de origem. Com grandes saliências de latão cuja utilidade era de proteger as moradias das investidas dos elefantes de combate. Aqui em Zanzibar não foram precisas mas a tradição manteve-se.
As suas vestes, bem adaptadas aos climas tropicais, influenciaram o modo de vestir dos que aqui viveram e ainda vivem. Principalmente as vestes das mulheres.
Os Árabes vieram, trouxeram a sua religião, o Islamismo e compraram escravos. Alguns criaram um ambiente déspota que durou algum tempo. Mas isto valeu-lhes a revolta dos povos oprimidos que os expulsou. Destes pouco ficou excepto a memória de um déspota que resolvia as discussões com o auxílio da sua metralhadora pessoal.
Memorial à escravatura. O personagem mais ao fundo representa o africano conivente
Muitos dos escravos capturados no interior do continente africano morriam pelo caminho. Os que sobreviviam eram enclusurados em pequenos compartimentos na cave do edifício que servia de mercado de escravos.
Sala de espera para escravos. O pé direito tem 1,20m.
Os Portugeses passaram por aqui e tentaram conquistar os locais à lei da força. Compraram e venderam escravos, actividade que ainda hoje é duramente lembrada. Não cultivaram nada. Deixaram o costume de uma garraiada na Ilha de Pemba (não é a de Moçambique).
Deixaram a influência da língua numas 50 palavras que passaram a fazer parte da língua local, o Swahili, uma língua de origem Bantu.
Dos Ingleses ficou uma memória associada à luta contra a escravatura. David Livingstone ficou imortalizado nos mais requintados detalhes do interior da Catedral Anglicana em Stone Town.
Dos Alemães pouco se fala. A sua influência ficou mais vinculada às terras altas do país do Tanganica que depois de se juntar a Zanzibar deu origem ao que hoje é conhecido por Tanzânia.
Stone Town orgulha-se muito nos seus. Entre os seus filhos conta-se Freddie Mercury cuja família ainda reside na cidade.
O local da casa dos Mercury, a loja onde se podem comprar CDs e fotos do falecido cantor, e a porta da casa (acima) fazem parte do roteiro turístico de qualquer guia que se preza.
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