Lake Manyara foi a primeira paragem para ver bichos. É um lago que recebe pouca água. Água das chuvas e alguma água quente de fissuras ao longo do promontório que delimita a norte o conhecido Rift Valley ou Vale do Rift. O mesmo vale que viu o nascer do ser humano nos seus primórdios biológicos.
Do bar do hotel temos uma boa vista do lago. Aqui tomámos o imperativo gin-tónico, medicamento eficaz contra a malária. Enquanto almoçávamos havia bicharada que se veio abastecer sem respeito nenhum pelos limites da propriedade. Acho que o problema é mais grave. Estabeleceram os limites da propriedade e não disseram nada à bicharada. E agora admiram-se.
À entrada do parque deu para perceber que não iamos ficar sem ver animais. Aqui a estrada é deles e as oportunidades fotográficas são mais que muitas. Os macacos até parecem esperar que o turista foque a máquina. Aqui tudo acontece devagar... como diz uma bloguista conhecida.
A planície a norte do lago é fertil. As águas das chuvas que alimentam o lago descem as encostas dos morros a norte e fertilizam este lado do lago. A vegetação é abundante. E os animais encontram aqui alimento e proteção entre as árvores.
A elegância do andar das girafas deu origem ao andar da mulher Africana. O ritmo lento, o gingar do corpo, o bambolear das ancas, tudo isso a girafa ensinou à mulher Africana. Silayo, o nosso guia, não sabia disso. Achou muita graça à nossa teoria. Mas não é teoria, é verdade, dissemos-lhe. Riu-se ainda mais. Tá bom!
Aves abundam no Lago Manyara. Pelicanos aos bandos até perder de vista...
... assim como grous coroados e outros...
Foi realmente uma experiência que logo ao primeiro dia excedeu as nossas expectativas. A abundância de animais, os horizontes a perder de vista, o silêncio do mato, o equilíbrio entre as diversas forças da natureza são visíveis. Palpáveis até.
E ainda não tinhamos visto nada... Silayo tinha razão.
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