Esta foi outra situação em que o nosso guia inverteu a marcha, em pleno mato, e excedeu o limite de velocidade para depararmos com uma caçada feita por uns leões, mas que as hienas já tinham invadido. Rixas antigas.
A cena com que nos deparámos foi de duas leoas que embora parecessem ter a barriga cheia estavam com um ar muito chateado.
Do outro lado do riacho um leão ainda jovem descansava também com um ar de quem não lhe tinha pago.
No riacho havia uma algazarra, um cagarim, de todo o tamanho. Ouviam-se berros, latidos, uivos, que vinham de uma massa de bichos que não levou muito tempo para identificar como hienas. Eram as hienas todas da vizinhança mais as amigas, as primas, as mães delas e mais umas quantas.
Atacavam com unhas e dentes qualquer coisa que estava na água lamacenta do riacho.
De vez em quando levantavam os focinhos como que a prestar atenção a alguma coisa que pudesse vir do lado de lá. Descobrimos mais tarde um outro leão também jovem que se tinha refugiado nuns arbustos.
De vez em quando saia da algazarra uma desgraçada molhada até aos ossos.
Depois saiu uma perna...
... e mais outra...
As costelas apareceram e já bem roidas. Eram já os restos de um búfalo que deve ter sido apanhado quando foi beber ao riacho.
Viram-se então uns chifres...
... mais um rabo...
Mas o festim continuava...
Por fim as hienas começaram a dispersar-se pelo terreno á nossa volta. Um dos leões e as leoas decidiram pela segurança ou pela sombra dos carros dos turistas que eram mais que muitos a esta altura do campeonato.
A festa tinha atingido o auge e o pessoal começou a debandar...
Deixando os leões no meio da estrada a pensar na vida.
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