Olá Caríssimo Pedro,
já nos tinhamos encontrado por email há uns meses largos, não me lembro quando, mas acho que foi o ano passado. Eu ainda vivia fora do país, mas isso agora mudou. Olhe, apaixonei-me (mais uma vez) e vim para Portugal para estar com a minha amada. As pessoas mesmo aos 60 anos fazem destas aventuras que nos mantêm vivos. Outros chamar-nos-ão de loucos, mas a esses não damos ouvidos e resolve-se o problema. Por sinal, estamos em Salvaterra de Magos, neste Ribatejo que o meu pai amava (era guloso pelos melões de Almeirim) com as cheias impressionantes do Tejo quando este ainda cobria, todos os anos, as lezírias num manto de água, frio, fome, tristeza, mas também alimentos que enriqueciam a terra na Primavera e que daria o pão no Verão.
Em Maio deste ano, se não me engano, estávamos em Ponte de Lima, e soubemos à ultima hora do seu concerto. Ainda tentámos ir ao espectáculo mas a casa já estava cheia de gente e nenhuma alminha se quiz desfazer dos seus bilhetes para nosso benefício. Esta gente às vezes é tão egoista... :-)
Pois bem, sabendo da sua actuação em Santarém na passada 6ª feira, dia 26, não pudemos deixar de o ir ver e ouvir. Um espectáculo que nos deixou emocionados, e orgulhosos de pertencer a este país que tem gerado tantos artistas tão valiosos como um tal Pedro Barroso que, deixe que lhe diga, é um gajo que ainda canta, e muito bem!
No fim do espectáculo ainda tivemos a deliciosa oportunidade e surpresa de o poder cumprimentar (parecia-nos cansado... não imagino porquê! :-)) Mas mesmo assim nos recebeu com um sorriso amigo: E por cima ainda levámos um CD assinado por si. E por tudo isso lhe agradecemos. Por falar em emocionados, gostámos imenso (mais imenso) da à mesa (relembra as noites de maranço para algum horroroso exame final) e de agora não é tarde, esta última, nos dizendo muito respeito, a mim e à Ana Paula. Mas isso é outra história muito à moda de agora não é tarde. Mas estas preferências ficaram uns decibeiszitos apenas acima do espectáculo no seu todo excepcional e emocionante e cheio de memórias ainda muito vivas de gente que tanto fez pela música do nosso país.
Um grande abraço amigo para si e para o seu filhote que já segue bem as pegadas do pai. Um dia ele há-de dizer - sim, eu toco umas coisitas, mas o meu pai é que era bom nisto...
Até breve.
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