Uma alma amiga publicou há alguns dias na net a pergunta seguinte:
Desregulação dos mercados, crise na economia de casino em 2008 e a criação de uma moeda única, cujos critérios não tem em conta as assimetrias entre os países são os factores responsáveis pela crise. No entanto, o discurso dominante dos governos da Europa e não só de Portugal é a sustentabilidade do estado social.
Desregulação dos mercados, crise na economia de casino em 2008 e a criação de uma moeda única, cujos critérios não tem em conta as assimetrias entre os países são os factores responsáveis pela crise. No entanto, o discurso dominante dos governos da Europa e não só de Portugal é a sustentabilidade do estado social.
Como é que permitimos este retrocesso
civilizacional?
ao que eu respondi:
... ou porque é que permitimos este retrocesso?
- Porque não temos objectivos traçados para o país que queremos ter e onde queremos viver.
- Porque não nos preocupamos com a corrupção do nosso dia a dia... nem com a fuga ao fisco do nosso quotidiano.
- Porque queremos autoestradas e subsídios mas não queremos perguntar - quanto vai isto custar?
- Porque não lutamos contra a mediocridade do que os alunos aprendem nas escolas, institutos e universidades.
- ... e nos contentamos apenas depois a chamá-los por Sr. Dr. e por Sr. Eng.
- Porque não damos valor ao que temos e que deixamos arder em fogos de verão.
- Porque não damos valor aos valores éticos e morais - não valorizamos o estudioso, o disciplinado e o educado, mas sim o desenrascador e o chico-esperto.
- Porque até achamos que alguém, um D. Sebastião (ou um Salazar, isso é que era bom...), virá salvar-nos enquanto continuamos mais na mesma sem lutar... pelos objectivos de um país onde queiramos viver e ver viver os nossos filhos e netos.
- Porque achamos que os outros é que nos fizeram mal e nada disto foi obra, engenho e arte nossa.
Foi assim que permitimos este retrocesso civilizacional.
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